29.3.12

As Mães de Chico Xavier (2011)



Título original : As Mães de Chico Xavier
Origem : Brasil
Diretor : Glauber Filho e Halder Gomes
Roteiro : Glauber Filho, Emmanuel Nogueira, Marcel Souto Maior (Por trás do véu de Isis)
Com : Nelson Xavier, Caio Blat, Herson Capri, Paulo Goulart Filho, Vanessa Gerbelli, Via Negromonte, Tainá Müller, Neuza Borges, Gustavo Falcão

Preparem o espírito, o coração e o lenço!

As Mães de Chico Xavier é um filme que nos toca profundamente, que vai lá no fundo de nossas almas, quer sejamos espíritas ou não. Não importa. Não se trata de um filme sobre espiritismo ou mediunidade. O tema tratado aqui é, na verdade, muito mais amplo. Ele fala de fé, de crença, de esperança e, sobretudo, do conforto encontrado por meio da espiritualidade, neste caso específico, por meio das palavras psicografadas por Chico Xavier.

O filme conta, assim, quatro histórias que se cruzam e se complementam, uma delas funcionando como fio condutor. É a história de Karl (Caio Blat), um jornalista jovem que, seguindo ordens de seu editor Mário (Herson Capri), parte para investigar a vida de um homem misterioso que escreve cartas vindas “do
além” no interior de Minas Gerais. O homem? Chico Xavier, maravilhosamente interpretado por Nelson Xavier.

Enquanto Karl segue seu caminho, descobrindo, desvendando e se fascinando pela história de Chico Xavier, três outras histórias vão sendo contadas:

- A do próprio editor Mário que, junto com sua esposa, se vê diante do problema do vício de drogas do filho Raul (Daniel Dias da Silva);

- A de um casal com um filho pequeno – Theo (Gabriel Pontes), de 5 anos – em que o marido Guilherme (Joelson Medeiros) é bastante ausente e, por esta razão mesmo, a mãe Elisa (Vanessa Gerbelli) concentra todas as suas forças, energia e tempo na criança, sendo esta seu tudo, sua vida!

- E, por fim, a história da professora do menino Theo, Lara (Tainá Müller), uma moça bonita que acaba de descobrir uma gravidez não planejada. O pai da criança é Santiago (Gustavo Falcão), o melhor amigo de Karl. Um artista, professor de pintura, que acaba de receber uma bolsa para fazer seu mestrado em Madri.
Assim, as histórias vão se entrecortando e se encaixando, pra no final tornarem-se uma só. O ponto em comum, além do jornalista Karl, é que em todas elas há uma mulher, uma mãe (ou futura mãe), e com elas, todos os sentimentos que giram em torno da forte relação mãe-filho.

O filme, que é baseado em histórias reais, é bonito e pacificador, apesar de ser, de certa maneira, triste. A cor azul predomina, ampliando ainda mais esta sensação de paz.
Não quero contar muito mais senão posso estragar o impacto do filme. Mas adianto que é de arrepiar. E de chorar muito!

Super recomendado!
Lilia Lustosa